Qual o tipo de alimentação que impacta menos nosso planeta?
Um estudo publicado neste mês reacendeu a discussão da relação entre nossos hábitos alimentares e a saúde da nossa própria casa – o Planeta Terra. A pesquisa realizada pela Tulane University de New Orleans, Louisiana, e publicada no The American Journal of Clinical Nutrition, afirmou que a alimentação vegana é a melhor escolha para o clima.
Foram mais de 16.000 adultos avaliados pelo centro de prevenção e controle de doenças. A partir de cada dieta, foi calculada a pegada de carbono e o desempenho nutricional de seus alimentos.
A opção por uma alimentação vegana foi considerada a menos impactante para o clima, gerando 0,7 kg de dióxido de carbono para cada 1.000 calorias consumidas. O segundo hábito alimentar que mais ajuda o planeta é o vegetarianismo, com geração de 1,15 kg de CO2 por 1.000 calorias.
No outro espectro do estudo, as alimentações ‘vilãs’ do meio ambiente são a cetogênica e a paleo (ambas incluem considerável consumo de carnes e ovos). Sua contribuição no aquecimento global chega a ser quatro vezes mais do que se comparada a uma dieta à base de plantas.
Os omnívoros (aqueles que se alimentam tanto de carnes, laticínios e ovos como de vegetais, frutas e grãos), a grande maioria presente no estudo (86% dos participantes), tiveram um resultado que fica no meio termo da pesquisa – abaixo de veganos e vegetarianos, mas acima dos adeptos da paleolítica e da cetogênica. Com base nos resultados, é possível afirmar que em apenas um dia, se um terço das pessoas que comem carne realizassem a transição para uma alimentação à base de plantas, seria o equivalente a eliminar as emissões de carros dirigindo por aproximadamente 550 milhões de quilômetros no mundo.
A consequência do que vai no nosso prato
Em 2021, estudo da ONU mostrou que a participação dos sistemas de produção alimentar nas emissões de gases de efeito estufa chega a 34%. A publicação ainda reforça que o consumo de carne bovina emite mais de 20 vezes mais quando comparado ao cultivo de vegetais.
No Brasil, um dos países com o maior rebanho bovino do mundo, a atividade agropecuária exerce uma posição chave na derrubada da floresta e, consequentemente, no aquecimento global. Segundo relatório da RAISG (Rede Amazônica de Informação Socioambiental), a atividade é responsável por 84% do desmatamento da maior floresta tropical do mundo.
Por outro lado, técnicas de cultivo de alimentos vegetais como a Agricultura Sintrópica e práticas agroecológicas têm o potencial de recuperar áreas degradadas, fixar carbono, produzir um alimento nutritivo e ainda evitar o sofrimento animal.
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