O Love Veg estará em Belém na COP30 para defender a transição alimentar como ferramenta essencial de combate à crise climática e pedir apoio à Política Nacional de Alimentação Sustentável.

A crise climática não é mais uma ameaça distante; é uma emergência que se manifesta em secas, inundações e ondas de calor. E enquanto o mundo se prepara para a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática em Belém, no coração da Amazônia, o Love Veg reforça uma mensagem crucial: não há solução climática sem uma mudança radical em nosso sistema alimentar.

Estaremos na COP30 para levar a voz da compaixão e da sustentabilidade, defendendo que a transição para uma alimentação baseada em vegetais é uma das ações individuais e coletivas mais poderosa para mitigar os impactos ambientais.

Floresta sendo desmatada para avanço da pecuária COP30 shutterstock 19735894

A ciência é clara: a indústria de produção animal é uma das maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa, pelo desmatamento e pela pressão insustentável sobre os recursos hídricos e a biodiversidade. A Amazônia, palco da COP30, sente essa pressão diariamente, com vastas áreas sendo convertidas em pastagens e monoculturas para alimentar o gado.

Nossa presença na Conferência do Clima visa quebrar o silêncio sobre este tema e colocar o prato no centro do debate. Não basta falar em energia limpa; é preciso falar em comida — aquela que nutre as pessoas sem destruir o planeta.

Além de conscientizar sobre o poder da escolha individual, o Love Veg estará na COP30 para buscar apoio e visibilidade para uma iniciativa fundamental: a Política Nacional de Alimentação Adequada e Sustentável.

Este Projeto de Lei, que está sendo articulado para ser protocolado na Câmara dos Deputados, é um marco legal que propõe:

  • Priorizar alimentos in natura e de origem vegetal nas políticas públicas.
  • Reduzir progressivamente o consumo de produtos de origem animal, alinhando saúde pública e metas ambientais.
  • Fortalecer a agricultura familiar e a produção sustentável, especialmente na Amazônia.,

Acreditamos que a mudança de hábitos precisa ser acompanhada por uma mudança de leis. A Política Nacional de Alimentação Sustentável é a ferramenta que o Brasil precisa para transformar a intenção individual em ação de Estado, garantindo um futuro alimentar mais justo, saudável e compatível com a preservação dos nossos biomas.