Os termos vegetarianismo, veganismo ou direitos animais são muitas vezes difíceis de se entender. São conceitos que mexem com os princípios de cada um, necessitando de um tempo de reflexão.

Para isso, os livros são uma excelente ferramenta, então que tal um listinha de sugestões para refletirmos sobre como nos relacionamos com vacas, porcos ou galinhas? Aqui a lista é variada, indo desde de obras de filosofia até ficção. Mas, sem mais demora, vamos lá.

Considerado um dos maiores filósofos de nosso tempo, o autor faz um apelo à consciência e à justiça, expondo a realidade das práticas da pecuária industrial e dos testes em laboratório. Destruindo as falsas justificativas que embasam estas práticas e propondo alternativas tanto para aqueles que reconhecem os direitos animais, mas também para aqueles que ignoram esta realidade.

No ano passado, Singer esteve com a cofundadora da Animal Equality Sharon Núñez, você pode conferir trechos dessa conversa em vídeo no YouTube.

Joy investigou porque estamos dispostos a nos alimentarmos de certos animais enquanto outros são incabíveis. Segundo a autora, nossa disposição para fazer isso só existe, porque negamos a realidade, ignoramos as evidências de que os animais são sencientes e de que não precisamos da carne em nossa alimentação.

Diferente de outras obras que explicam os motivos para não participarmos desta matança, o livro discorre sobre o porquê de comermos carne e como fazer escolhas mais conscientes, como cidadãos e consumidores.

Famoso clássico, o livro tem o poder como protagonista. Em uma fazenda onde são explorados, os animais se unem e realizam uma revolução contra o dono da propriedade. Após concretizar a revolta e expulsar os humanos, pouco a pouco, a insurreição se degenera, dando espaço para uma tirania tão opressora quanto a anterior.

Segundo os porcos, “Todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais que outros”. Se refletirmos, esta não é a maneira com que tratamos algumas espécies? Alguns são domésticos e de estimação, outros são comida, outros explorados…

Produzido pela Sociedade Vegetariana Brasileira, Schuck e Ribeiro mostram as relações entre a criação de animais para consumo e as atuais crises ambientais. Com dados alarmantes como quase 70% da área desmatada na Amazônia usada como pasto e boa parte dos 30% restantes ocupada para produção de ração.

Ou que o setor agropecuário consome mais de 90% da água do mundo, sendo que um terço deste volume é destinado à irrigação de cultivos para produção de ração. As informações apresentadas são frutos de estudos científicos e dados de instituições governamentais de pesquisa.

Publicado após mais de uma década de pesquisas e em uma época em que nem o vegetarianismo e nem o feminismo estavam em voga, o livro é um marco para a compreensão e estudo das influências de uma sociedade patriarcal nos hábitos alimentares. Unindo ambos os temas, Adams costura argumentos racionais sobre a íntima relação entre dominância masculina, violência contra a mulher, objetificação feminina e o ato de comer carne.

Mais do que pregar uma alimentação vegetariana, a obra revela estruturas que muitas vezes são sutis, outras nem tanto, que formam a lógica de dominação e opressão no mundo.

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Cinco livros é muito pouco para falar de um universo tão complexo que é essa nossa relação com os animais. E você, quais outras obras você recomenda? Interaja nos comentários e deixe suas sugestões para o pessoal!